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Luiz Maurício mira Mundial de Tóquio após temporada histórica no lançamento de dardo


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Com apenas 25 anos, o mineiro Luiz Maurício da Silva vive a melhor fase da carreira no lançamento de dardo e se prepara para mais um desafio de peso: o Campeonato Mundial de Atletismo de Tóquio, em setembro. Oitavo colocado no ranking mundial, o atleta brasileiro vem de uma temporada marcada por recordes, aprendizado internacional e planejamento estratégico ao lado de sua equipe técnica.


A trajetória que o levou aos holofotes começou ainda com incertezas. Em Paris 2024, Luiz classificou-se para os Jogos Olímpicos no limite – era o 32º colocado e ocupava a última vaga do ranking. Mas fez história: levou o Brasil à final da prova pela primeira vez em 92 anos, com um lançamento de 80,67m e a 11ª colocação geral.


“Só de ter ido já foi uma conquista. Mas levar o país à final depois de tanto tempo foi especial. Quebrar essa barreira foi super legal”, relembra.

O marco inicial serviu como impulso. Em junho de 2025, de volta a Paris — desta vez na prestigiada Diamond League—, Luiz superou pela quarta vez os recordes brasileiro e sul-americano, alcançando impressionantes 86,62m. A marca o colocou como o quinto melhor do mundo no ano e garantiu o terceiro lugar na prova, ficando atrás apenas de nomes como Neeraj Chopra (Índia) e Julian Weber (Alemanha).


A performance é fruto de um trabalho a longo prazo ao lado do técnico Fernando Barbosa de Oliveira, com foco em lapidação técnica e cuidados físicos intensivos.


“Temos um fisioterapeuta que cuida da prevenção e da performance. Tudo faz parte. Também fizemos um training camp em Madri, foram 30 dias saindo da zona de conforto. Foi a primeira vez que disputei quatro competições em um curto intervalo. E em três delas estive muito próximo da minha melhor marca”, explicou o atleta.

Esse amadurecimento competitivo é visto como trunfo para o Mundial de Tóquio. Ao competir e treinar na Europa, Luiz ganhou confiança e familiaridade com a elite mundial, o que promete refletir em uma preparação mais sólida no Japão.


“Entendi a atmosfera. Já conheço os adversários. Em Tóquio estarei mais tranquilo mentalmente. A meta é ser ainda mais produtivo”, destaca.

Antes disso, Luiz embarca para a Índia, onde participa de uma competição exclusiva de lançamento de dardo — mais uma etapa do seu minucioso plano de crescimento.


Com serenidade, o brasileiro sabe que está apenas no começo de uma longa jornada.


“Antes de Paris, evoluí quase 10 metros no ciclo. Acredito que posso fazer ainda melhor para chegar em Los Angeles 2028. O caminho é longo, e a prevenção contra lesões talvez seja o ponto mais importante. Mas vou seguir aprendendo ano após ano”, finaliza.

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